O terror e a violência da noite de 11 de novembro de 2015, naquela que se tornaria a terceira maior chacina do Ceará, destruiu a vida de 11 pessoas, entre jovens e adultos inocentes. O caso, que ficou conhecido como “Chacina do Curió”, levará ao júri popular na próxima terça-feira (20), a partir das 9h, no 1º Salão do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua, os primeiros quatro acusados. Ao todo, 34 policiais militares se tornaram réus neste episódio. Há quase oito anos, as famílias das vítimas esperam por justiça.
Entenda o caso
A partir da noite do dia 11 de novembro, policiais militares assassinaram, em ação simultânea, 11 pessoas e feriram outras sete, na Grande Messejana, em Fortaleza, segundo investigação Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e do Ministério Público do Ceará (MPCE).
Algumas vítimas chegaram a ser retiradas de suas casas e atingidas nas costas e na cabeça. A ação teria sido motivada por um “justiçamento” — justiça pelas próprias mãos — pela morte de um colega dias antes. Nenhuma das vítimas tinha qualquer envolvimento com o caso que vitimou o agente. O MPCE denunciou 44 agentes envolvidos. Destes, 34 foram pronunciados para ir a júri popular. Os outros 10 vão a julgamento comum.
As vítimas que morreram na chacina
Álef Souza Cavalcante, 17 anos; Antônio Alisson Inácio Cardoso, 16 anos; Francisco Enildo Pereira Chagas, 41 anos; Jandson Alexandre de Sousa, 17 anos; Jardel Lima dos Santos, 17 anos; Marcelo da Silva Mendes, 17 anos; Marcelo da Silva Pereira, 17anos; Patrício João Pinho Leite, 17 anos; Pedro Alcântara Barroso, 18 anos; Renayson Girão da Silva, 17 anos; e Valmir Ferreira da Conceição, 37 anos.